Assembleia lembra aniversário de Paulo Freire

A Assembleia registrou, nesta quinta (22 de setembro), os 90 anos de Paulo Freire. A iniciativa partiu da deputada Teresa Leitão, do PT. O homenageado teve o talento reconhecido pelos educadores do Brasil e do mundo. Freire é pernambucano e foi alfabetizado pela mãe, que o ensinou a escrever com galhos de árvore no quintal de casa.

O educador entrou em contato com a alfabetização de adultos em 1947, quando atuava no Sesi. Em 1964, Freire começou a coordenar o Programa Nacional de Alfabetização. Mas, após o golpe militar, o método do educador foi considerado uma ameaça à ordem e ele teve de se exilar no Chile e depois na Suíça. Autor do livro Pedagogia do Oprimido, sua obra mais conhecida, morreu em São Paulo em 1997.

O deputado Edson Vieira, do PSDB, abriu a reunião, destacando o pioneirismo de Paulo Freire, que despertou a atenção internacional a partir da pedagogia popular. Segundo Teresa Leitão, a maior contribuição do homenageado é a tese de que educar é um ato político. Para a deputada, esse conceito liga a educação à construção de um projeto de sociedade, definindo a escola como espaço de direito e de afirmação de cidadania.//

Antônio Moraes, do PSDB, destacou que sempre teve muito carinho e respeito por Paulo Freire, e que o Brasil deveria valorizar mais o educador. O presidente do Centro Paulo Freire de Estudos e Pesquisas, Agostinho Rosas, recebeu uma placa alusiva à data. O professor afirmou que a iniciativa da Assembleia é um reconhecimento à luta por uma ética universal, e exalta uma obra que expressa o desejo por uma sociedade mais livre e aberta ao diálogo.// (V.B.)